quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Quando sexo dá dor de cabeça


Sempre precipitada pela atividade sexual, a cefaléia coital é uma doença
que atinge principalmente os homens, em geral após os 30 anos

Antonio Cezar Galvão  



Quem nunca ouviu que a parceira está com dor de cabeça como desculpa para evitar relações sexuais? Pois é, este tradicional pretexto pode ocorrer realmente, mas durante o ato sexual em si. A doença é denominada cefaléia benigna do sexo, cefaléia sexual, cefaléia orgástica, cefaléia sexual vascular benigna ou cefaléia coital, o nome mais usado.

O problema, que é pouco comum, em geral atinge homens após
os 30 anos de idade, sempre precipitada pela atividade sexual.
Estudos indicam que a proporção seja de seis homens para cada
mulher e pode aparecer de uma maneira regular ou imprevisível, desaparecendo por algum tempo. Em metade dos pacientes afetados, a dor ocorre apenas uma vez ou em um único surto. Ainda não se sabe exatamente as causas, mas acredita-se que os principais fatores desencadeantes sejam o estresse emocional e o cansaço. Estudos sugerem que a origem esteja na contração excessiva dos músculos do pescoço e da mandíbula, estado circulatório hiperdinâmico ou por aumento rápido da pressão arterial durante o ato sexual.

Cerca de metade das pessoas com cefaléia coital pode apresentar também enxaquecas e dor de cabeça desencadeada por outros exercícios físicos. Pela ocorrência em parentes, a doença pode ainda estar relacionada à predisposição genética, tal como se vê nos casos de enxaqueca. O relato dos pacientes indica uma dor difusa, bilateral, predominando na região da nuca, que vai aumentando com a excitação sexual e rapidamente se torna muito intensa e explosiva, atingindo o ápice no orgasmo. Às vezes ocorrem náuseas e vômitos. Após o término da relação sexual a dor pode melhorar logo ou persistir por várias horas, variando de 1 minuto a 3 horas. Curiosamente pode ocorrer também com a masturbação.

Normalmente não há problemas cerebrais ou cranianos evidentes nestes casos, mas como algumas pessoas podem sofrer sangramento de aneurismas cerebrais, ou rompimento arterial durante o coito, é conveniente a realização de exames neurológicos pelo menos após um primeiro episódio. Muitos pacientes ficam assustados após a primeira vez que sentem uma dor de cabeça destas e se sentem culpados. Nada que após uma consulta e a realização de exames acalme o paciente. Vale lembrar que a cefaléia coital é benigna. As cefaléias orgásticas podem ser abolidas ou aliviadas pela interrupção da atividade sexual, o que não é muito animador. Há alternativas que permitem que a atividade sexual continue. Pacientes relatam que a dor pode ser evitada se o pescoço ficar mais baixo que o resto do corpo durante a relação sexual. A prevenção com medicamentos pode ser a solução. As drogas devem ser ingeridas poucas horas antes do ato sexual.

Antonio Cezar Galvão é neurologista do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho e coordenador do Departamento de Dor da Academia Brasileira de Neurologia.

EXERCÍCIOS NO TRABALHO PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO

A Profissional de Educação Física Valquíria de Lima (CREF 00089/G-SP), 35 anos, especialista em ginástica laboral, sonha com o dia em que as pequenas e médias empresas possam seguir o exemplo das grandes e investir na qualidade de vida de seus funcionários. "As grandes corporações já fazem isso e sabem que dá retorno. Só falta o mercado tornar os programas de ginástica laboral acessíveis às pequenas e médias também", diz Valquíria.

O que é ginástica laboral?
São exercícios para serem usados no local de trabalho, com o objetivo de compensar as estruturas mais usadas no dia-a-dia. Além de prevenir os riscos relacionados ao sedentarismo, como a hipertensão, a obesidade e o diabetes, é fundamental para evitar lombalgias, hérnias de disco e a tendinite, principal tipo de Lesão por Esforço Repetido (LER). A ginástica laboral pode ser feita de manhã, como um aquecimento para o trabalho, durante o expediente, como exercício compensatório, ou no fim, como relaxamento.

Qual a melhor maneira de fazer essa ginástica?
O ideal é que as empresas contratem um Profissional de Educação Física, inscrito no CONFEF, que possa ir de sala em sala durante umas duas horas para ministrar os exercícios. Se este profissional puder dar aulas de 7 a 10 minutos em cada sala, o trabalho já vai gerar benefícios.E a conseqüência disso será um desempenho melhor dos funcionários e, claro, uma produtividade maior para a empresa.

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