segunda-feira, 30 de novembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Síndrome de Stevens-Johnson





Síndrome de Stevens-Johnson é uma forma grave, às vezes fatal, de eritema bolhoso, que acomete o tegumento e as mucosas oral, genital, anal e ocular.

Etiologia

Consiste em uma reação alérgica grave, envolvendo erupção cutânea nas mucosas, podendo ocorrer nos olhos, nariz, uretra, vagina, trato gastrointestinal e trato respiratório, ocasionando processos de necrose, com causas muitas vezes desconhecidas. A reação alérgica pode ser causada por estímulos como drogas, infecções virais, entre outras, embora em grande parte dos casos a etiologia específica não seja facilmente identificável. As drogas mais freqüentemente suspeitas são a penicilina, os antibióticos contendo sulfa, os barbitúricos, os anticonvulsivantes, os analgésicos, os antiinflamatórios não esteróides ou o alopurinol. Em alguns casos, ocorre juntamente com uma outra doença grave, complicando o diagnóstico.

Sintomas

As lesões cutâneas são máculas eritematosas, bolhas sero-hemorrágicas, e púrpura. O início é geralmente abrupto, podendo ocorrer: febre, mal-estar, dores musculares e artralgia.

As lesões são extensas, envolvem várias áreas do corpo com erupções cutâneas, podendo haver também lesão da íris. A reação é facilmente observada nas mucosas bucais e conjuntivas, além de úlceras genitais.

A patologia pode evoluir para um quadro toxêmico com alterações do sistema gastrintestinal, sistema nervoso central, rins e coração (arritmias e pericardite). O prognóstico torna-se grave principalmente em pessoas idosas e quando ocorre infecção secundária. Pode evoluir para uma forma mais grave, a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), na qual a camada superior da pele desprende-se em camadas.

As cicatrizes decorrentes da necrose podem levar à perda de funções orgânicas. Quando atinge os brônquios, pode levar à insuficiência respiratória. Outras conseqüências: cegueira, complicações renais, complicações pulmonares, perfuração do globo ocular, hemorragia gastrointestinal, hepatite, nefrite, artralgia, artrite, febre, mialgia, entre outros.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente é através da caracterização das erupções cutâneas, que surgem após 1 a 3 semanas da exposição ao estímulo.

Diagnóstico diferencial

Pode ser confundida com sarampo, eritema multiforme, varicela, sendo que o diagnóstico diferencial é o caráter de lesão na pele e as inúmeras necroses

Tratamento

Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos. O paciente deve ser hospitalizado e monitorado, e o uso de corticóides é controverso e deve ser cauteloso, pois podem elevar o índice de mortalidade causada pela síndrome. O doente deve ser tratado na unidade de queimados, com cuidados rigorosos para evitar infecções. É feita a reposição endovenosa dos líquidos e sais minerais perdidos devido à lesão.

Prognóstico

A prática médica tem observado que 3 a 5 por cento dos casos são letais. As lesões, nas formas mais brandas, começam de 2 a 3 semanas após o início da reação.

Referências

  * BERKOW, Robert et al (2008), Manual Merck, on line. In http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/editorial.html

  * VÁRIOS (1994), Cirurgia de urgência, v. II, on line


segunda-feira, 23 de novembro de 2009