terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cólica e dores pré menstrual






M de Mos e colaboradores do Departamento de Farmacologia da Universidade Erasmus na Holanda afirmam que o diagnostico da cólica menstrual se confunde com outras dores tipo fibromialgia, enxaqueca, dores musculares difusas que ocorrem nas gripes que é difícil avalia-las em separado
A cólica menstrual ou dismenorréia primária afeta 33 milhões de brasileiras, com impacto direto na produtividade, resultando em ausência ou menor rendimento profissional, estendendo-se às tarefas cotidianas. Tais impactos refletem em prejuízos corporativos referentes a um mês de trabalho ao final de um ano.
A cólica menstrual afeta em torno de 65% das mulheres brasileiras e causa a redução de produtividade profissional em 70% delas. A incidência das mulheres que sofrem com a dor no período menstrual está muito próxima da média internacional, entre 70% a 90%.
MedInsight publicou em inicio de Outubro de 2008 um trabalho que realizou com 156 participantes em idade reprodutiva, superior a 18 anos, trabalhadoras de um call center do Rio de Janeiro Batizado de DISAB (Dismenorréia & Absenteísmo no Brasil), o estudo mostra que a idade média das mulheres que trabalham e sofrem de cólica menstrual é de 26,3 anos e que na escala de dor, o maior índice apontado foi para a dor intensa, 64,4%( índice 14,4% maior que a média mundial). Em segundo lugar vêm às dores moderadas 30,1% e na seqüência as dores leves com 5,5%.
Estes elevados índices de dor menstrual levam 30% das mulheres a se ausentarem do trabalho por pequenos períodos durante o dia. Quando analisado o impacto negativo no percentual nas horas trabalhadas, a redução de 66,8% no rendimento. Ambos os resultados totalizam cerca de duas faltas por mês, da média dos cinco dias do ciclo. O percentual é praticamente o mesmo no que diz respeito às outras atividades não relacionadas com trabalho.
Para mensurar o prejuízo causado pela cólica menstrual primária, a pesquisa multiplicou o número de dias que cada mulher apresentava cólicas pelo número de horas de trabalho diário. A seguir, aplicou o percentual de redução de produtividade relacionado à cólica menstrual. Somando este resultado ao número de horas ausentes, foi obtido o total de horas de trabalho perdidas por conta das dores do período. Se este número for multiplicado pela remuneração por hora de trabalho, obtém-se o valor em reais gerado pela perda de produtividade.
As mulheres relatam, ainda, a freqüência dos sintomas associados às cólicas, o que possibilitou traçar incidências como cansaço maior que o habitual (59,8%), inchaço nas pernas, enjôo (51%), cefaléia (46,1%), diarréia (25,5%), dores em outras regiões (16,7%) e vômito (14,7%). 83% delas declararam que buscam alguma forma medicamentosa (antinflamatórios, analgésicos e antiespasmódicos) para alívio das dores. Mais da metade relata obter melhora grande ou completa da dor menstrual, sendo que nenhuma delas deixou de obter algum alívio



Fonte :: Pain. 2008 Aug 28.

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