quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Revista atualização Médica: Casamento e pressão alta


Apesar de uma grande variedade de medicamentos para combater a hipertensão arterial e aderência ao tratamento dos clientes os médicos estão encontrando um numero maior de pacientes refratários aos tratamentos instituídos. Os pesquisadores passaram a procurar outras causas ambientais e comportamentais que pudessem ser a causa. Passou-se a procurar a causa no casamento. As pesquisas mostram que pessoas felizes em seus casamentos possuem menos hipertensão arterial, estresse, depressão e um maior grau de satisfação com a vida do que os solteiros. No computo geral os solteiros apresentam menor pressão arterial do que as pessoas que se consideram infelizes em seus casamentos.
J Holt-Lunstad e colaboradores psicólogos da Brigham Young University, de Provo, Utah, compararam dados sobre pressão arterial obtidos de 303 adultos(idade média de 31,1 anos) saudáveis e não gordos, 204 casados e 99 solteiros, que fizeram uma prova de Holter (um monitor de pressão arterial ambulatorial por 24h, enquanto as pessoas faziam as suas atividades habituais). Nesse grupo 35,5% eram pré-hipertensos (pressão arterial sistólica entre 120 e 129 mmHg ou pressão arterial diastólica entre 80 e 89 mmHg).
Os participantes também completaram uma série de questionários incluindo um Teste de Adequação Matrimonial (TAM ) Nos testes do Holter não foram evidenciadas diferenças na pressão arterial sistólica ou pressão arterial diastólica de vigília ou de 24 horas entre o grupo dos solteiros e o dos casados. Pessoas que possuíam uma relação conjugal de alta qualidade, e que estavam acima da média no Teste de Adequação Matrimonial (TAM), apresentavam uma pressão arterial ambulatorial inferior. No entanto, os que possuíam uma relação conjugal ruim, como aqueles com pontuação no Teste de Adequação Matrimonial abaixo da média, não demonstraram diferença significativa no valor de queda da pressão arterial sistólica ou da pressão arterial diastólica em comparação com os solteiros, mas apresentavam pressão arterial sistólica e diastólica significativamente superiores. Com base nas pontuações da Escala de Satisfação com a Vida ( outro teste aplicado), pessoas com casamentos menos satisfatórios apresentavam pressão arterial sistólica média nas 24 horas e na vigília maiores do que os participantes solteiros e de forma significativa (118,19 contra 114,99 mmHg e 120,49 versus 116,31 mmHg, respectivamente). Concluem os pesquisadores que é melhor estar solteiro do que ser infeliz no casamento

 

Fonte :: Ann Behav Med. 2008 Apr;35(2):239-44

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